É com profundo pesar, que vimos comunicar o falecimento de Lusia Bertoli, Coordenadora do Grupo de Mães da Paróquia de Iconha/ES, na manhã de ontem, domingo, dia 19 de dezembro de 2021.
Hoje queremos recordar e agradecer sua presença sempre alegre e incentivadora com que conduzia o grupos de mães, a força da oração e se como ela sempre dizia: ‘’Em tudo, amar e servir’’, em seu dom de cantar e de compor. Tudo aquilo que a memória ama ficará eterno.’’ (Adélia Prado).
E como diz em Romanos 14,8: ‘‘Se estamos vivos, é para o Senhor que vivemos; e se morremos, é para o Senhor que morremos. Portanto, vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor.’’
Luzia havia nos enviado o testemunho de sua história de como conheceu as Mães que Oram pelos Filhos, e de toda a sua trajetória, incrivelmente ela finaliza o texto em uma despedida, confira abaixo:
‘‘Toda mãe quer sempre o melhor para seus filhos. E ficamos muito orgulhosas quando eles passam no Vestibular e saem de casa pra estudar. Apesar do ninho vazio, tem a satisfação de vê-los seguindo em frente.
Mas a vida nos reserva algumas surpresas, pelas quais, nós, mães, não estamos preparadas para enfrentar.
No final de 2011, o meu filho mais novo teve Síndrome do Pânico, devido a não aceitação da sua condição sexual.
Quando vemos um filho vivo, sem vida, dói na alma e a gente se sente impotente diante na nossa incapacidade em ajudar. É mais fácil curar uma febre.
Nessas horas, eu só pedia o colo da Mãe, o socorro dela. E ela sempre me amparou. Perdi orgulho, perdi o medo e encarei, junto com minha família, que foi de extrema importância para a recuperação do meu filho.
Voltei para a igreja, para o Santíssimo e para Renovação Carismática.
Ali encontrei o apoio de que tanto necessitava. Mas ainda faltava algo.
Numa tarde, no silêncio do meu quarto, percebi que não deveria rezar sozinha, mas que eu pudesse convidar outras mães para rezarem comigo. E assim, pedi autorização ao Padre para que pudéssemos nos reunir para rezarmos pelos filhos e ele me autorizou a rezar em casa, a princípio, enquanto não tivesse um lugar na igreja.
Fomos pra igreja, numa salinha, durante um ano, até que descobri que o Movimento das Mães que Oram pelos Filhos já existia, em Maruípe, onde minha prima Inês já fazia parte e ela me convidou, e o Padre assinou a carta de adesão. e onde permaneci como coordenadora, durante 8 anos.
Hoje, estou saindo, na certeza de que fiz o meu melhor pra Deus e que deixo em meu lugar, pessoas capacitadas para assumirem sua nova missão evangelizadora.
Que Deus abençoe a cada mãe que passou por esse grupo abençoado durante todos esses anos.
Que Nossa Senhora de La Salette, continue nos iluminando para que tenhamos força, equilíbrio, coragem e fé nessa caminhada de oração pela salvação das nossas famílias.
Quanto acontece, a gente não entende, mas Deus tem sempre um propósito em nossa vida e ele me escolheu e eu me deixei ser escolhida por ele, porque sei que sem Ele, nada sou nada posso.
Vivemos muitas curas, muitos milagres, muitas graças e bênçãos, mas também, muitas tribulações. Sempre umas ajudando as outras.
A nossa luta é diária, mas a nossa fé é constante. Hoje, eu só tenho a agradecer.
Obrigada Senhor pelas amigas de fé, que fiz durante todos esses anos!
Obrigada Senhor por ter me trazido para mais perto de Ti!
Obrigada Senhor pela minha família!
Obrigada Deus por tudo!’’ (LUSIA BERTOLI)
E assim, todo o Movimento de Mães que Oram pelos Filhos, se despede com esse sentimento de agradecimento por todos esses anos de vivencia no servir AMO, em levar a todas as famílias a força da oração, do perdão e da restauração, para que a verdadeira mensagem de Cristo seja levada e restaure todas as famílias.
Texto: Ana Paula Aranda (Comunicação e Mídia)