[Um dia, na academia, falava sobre família e eventos religiosos com a amiga Marizênia, oportunidade em que ela compartilhou a agenda de encontros do Movimento das Mães que Oram pelos Filhos de sua comunidade, no bairro de Educandos, falando-me sobre o carisma deste Movimento, até então desconhecido por mim.
[E foi desta forma que a AMO chegou até nós, após visitação daquela Equipe ao nosso Pároco, Pe. Edson Armindo Ausier, que em data de 06 de março de 2020, deu o seu SIM para a formação do novo Grupo das Mães que Oram pelos Filhos da Paróquia de São José da Belo Horizonte, para saciar a sede de Deus das mães de nossa comunidade.
Com o tema convidativo e singelo de “orar pelos filhos”, nos deparamos com a grande força que possui a intercessão das mães, através das orações, de joelhos dobrados, com o terço no pulso e com a bíblia nas mãos, de restaurar as famílias e a nós mesmas.
Nossa inauguração, prevista para o mês de abril/2020, foi adiada por força das restrições sanitárias de segurança para enfrentamento da pandemia, quando então tivemos que readaptar os grupos de estudos presenciais, formados para aprofundamento dos temas propostos, para grupo virtual de aplicativo de celular, via WhatsApp, quando muitas mães nem sabiam o que era isso…
E nesta pandemia descobrimos verdadeiramente para o que vimos: mergulhar de cabeça na oração por nossos filhos, umas pelas outras, por nossas famílias e pelas famílias do mundo inteiro; exercitar a caridade, a solidariedade, compreender o sentido da morte, compreender os desígnios de Deus em nossas vidas, darmos testemunhos de fé deste amor misericordioso, ser sal e luz aos que mais necessitam, vencer o medo, reconciliar-se com Deus, servir a Igreja e, insistentemente, rogar todos os dias para que Deus aumente a nossa fé, porque sabemos, Ele pode tudo, tudo, tudo!
A leitura da Palavra e sua reflexão diária, juntamente com as apostilas, os livros do Movimento e as histórias dos santos, nos fizeram compreender perfeitamente a necessidade do respeito ao exercício da unidade, da humildade e da obediência, pilares tão necessários para o fortalecimento da nossa fé e ao carisma do Movimento. Isso tudo poderia ser classificado como “coisas simples”, se não estivessem brotando, de forma tão maravilhosa, do pranto de famílias destroçadas pelas consequências geradas pela pandemia e também pelas consequências de nossos muitos e graves pecados… Foi assim que compreendemos o clamor de La Salette. Foi assim que fortalecemos o nosso SIM em casa, com distanciamento de pessoas e, em muitos casos, de luto, doentes e sem emprego, porém, perseverantes. Sentimos medo. Nos apoiamos. Resistimos. Nos reestruturamos com a força da nossa fé, sem saber que era tamanha, então, juntas, fomos além das fronteiras do nosso Rio Amazonas, assim, de forma online, para o mundo!
E agora, como uma família, e com vasta experiência nos aplicativos de celulares, como WhatsApp, Instagram, YouTube, Telegram e muitos outros meios digitais, todo o Movimento das Mães que Oram pelos Filhos entrou em nossos lares!
Como é bom acolher e sentir-se acolhida! Como é bom amar e ser amada por Deus!
Este é o sentimento de pertença que o Movimento nos trás, além de nos fazer compreender que o dono do nosso barco acalma todas as tempestades, sendo o nosso papel de mãe alicerçar a nossa casa na rocha, com persistência na oração, a exemplo de Santa Mônica.
Que Nossa Senhora de La Salette, nossa Padroeira, juntamente com Santa Mônica, nossa Co-Padroeira, intercedam sempre por nós, para que esta árvore de amor de mãe floresça e continue dando bons frutos, a serviço da Igreja, para o mundo. Assim seja.
Auriana Gouvea, casada com Paulo César Gouvea. Mãe de João Pedro, 21 e de Alexandre, 19. Filha de Maria Azamôra e de Sebastião, grandes exemplos de fé e de oração por todos os seus filhos.
Coordenadora do Grupo no Movimento Mães que Oram pelos Filhos, da Paróquia de São José da Belo Horizonte.
Manaus – Amazonas – Brasil.